Leitos de Terapia Intensiva do Hospital Regional da cidade devem começar a atender outras doenças em 10 dias, segundo o governo. Contrato para a gestão dos leitos venceu nesta segunda-feira (27) e não foi renovado. Leitos de UTI na época em que foram inaugurados em Porto Nacional
Esequias Araújo/Governo do Tocantins
A Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Porto Nacional deixaram de atender casos de Covid-19 nesta terça-feira (28). Desde que foram implantados, em abril de 2021, os leitos eram exclusivos para pacientes graves do coronavírus, mas o contrato com a empresa que fazia a gestão, a Inmed, terminou nesta segunda-feira (27).
Com o fim do acordo, os pacientes com Covid terão que ser transferidas para outras cidades. A Secretaria de Estado da Saúde informou que eles terão os nomes inseridos na central de regulação estadual. A central vai então procurar vagas em toda a rede para decidir qual será o destino do paciente. O fluxo é idêntico ao que ocorre com moradores de cidades do interior onde não há UTIs.
Já os leitos agora ociosos no Hospital Regional deverão ser transformados em leitos de UTI convencionais. A estimativa do próprio Governo do Tocantins é de que isso ocorra num prazo de 10 dias, para que possam ser resolvidos trâmites burocráticos.
A SES disse em nota que este é o primeiro hospital que deve passar por essa mudança e que isso pode acontecer também em outras unidades por causa da queda nas taxas de contaminação pela Covid. Atualmente, cinco hospitais da rede estadual seguem com leitos de UTI exclusivos para Covid: os Regionais de Gurupi, Araguaína e Augustinópolis e os Hospitais Gerais de Palmas e Gurupi. Existe ainda o Hospital Estadual de Combate à Covid, que é inteiramente voltado para estes atendimentos.
A secretaria afirmou que não haverá fechamento de leitos e que eles apenas deixarão de ser somente para Covid para atender outras doenças. Disse que é inviável a manutenção da rede nos atuais moldes, citando a falta de repasses por parte do Ministério da Saúde.
Recentemente, o Hospital Regional de Porto Nacional tinha enfrentado dificuldades com o fluxo de pacientes, justamente por causa de atrasos nos pagamentos para a empresa gestora. Mesmo com vagas supostamente disponíveis na cidade, os moradores acabaram sendo transferidos para Palmas. A própria SES disse na nota que não houve interesse por parte da empresa que administrava os leitos em renovar o contrato.
O Hospital Regional de Porto Nacional é considerado referência para 13 cidades no entorno do município.
Veja a nota da SES na íntegra
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que, desde o início da pandemia, tem trabalhado arduamente para garantir atendimentos dignos à população tocantinense. O Estado tornou-se, inclusive, referência para o Ministério da Saúde (MS) quando recebeu pacientes de outras unidades federadas, em colapso durante o pico pandêmico decorrente da Covid-19.
A SES destaca que a ampliação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), levada a efeito durante a pandemia, deverá ser mantida em todo o Estado, sem prejuízo à população assistida. Entretanto, com a queda no número de casos, inviável sua manutenção nesses moldes – até mesmo pela falta de repasses por parte do MS. Por tal razão, haverá a transformação daqueles leitos UTI Covid-19, para UTIs convencionais.
A SES enfatiza que a transformação dos leitos iniciará pelo Hospital Regional de Porto Nacional. Os 10 leitos exclusivos para tratamento de UTI Covid-19 – que estavam sob a administração da empresa Inmed Gestão, cujo contrato venceu em 27/09 e não foi renovado por desinteresse da contratada – passarão a funcionar como UTIs convencionais.
A SES esclarece, por fim, que está em processo de finalização dos trâmites burocráticos e legais – o que deverá ocorrer nos próximos 10 (dez) dias – visando garantir o funcionamento dos referidos leitos. Importante frisar que eles garantirão a manutenção da ampliação dos serviços intensivos para os 13 municípios da Região de Saúde Amor Perfeito, a qual o Hospital Regional de Porto Nacional (HRPN) é referência.
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Fonte: G1 Tocantins