Tocantins realiza sétima coleta de múltiplos órgãos de 2020 e a terceira só em agosto

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Doação foi permitida por familiares de um adolescente de 16 anos vítima de trauma cranioencefálico

Na noite da terça-feira, 18, mais uma família tocantinense decidiu colaborar com a continuidade da vida de quem está na fila do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), à espera de um coração, rim e fígado. A coleta de múltiplos órgãos aconteceu no Hospital Geral de Palmas (HGP), após a confirmação da morte por trauma cranioencefálico (TCE), de um adolescente de 16 anos. Esta foi a terceira coleta no mês de agosto e a sétima de 2020.

Este ano, doadores tocantinenses já ajudaram 16 pessoas, com a entrega de oito rins, cinco fígados, três corações e 14 córneas ao SNT. “Já superamos a quantidade de doações feitas no passado, quando fizemos cinco coletas. Isso mostra que o trabalho da Central Estadual de Transplante em parceria com a rede de Procura de Órgãos e tecidos para transplante (CIHDOTT e hospitais notificantes) tem surtido efeito e que as pessoas estão mais solidárias. Entendemos que a perda de um familiar não é um momento fácil, mas temos trabalhado para que as famílias reflitam na oportunidade da continuação dos órgãos dos doadores em outras vidas”, destacou a coordenadora da Central Estadual de Transplante do Tocantins Suziane Crateús.

Para o secretário de Estado da Saúde, Dr. Edgar Tollini, “no processo de doação de órgãos, o fim de uma vida pode ser a chance da continuidade de outra e felizmente temos visto a crescente conscientização das pessoas que entendem a importância da doação e autorizam a retirada dos órgãos de seus familiares para amenizar o sofrimento de quem está na fila de espera por um transplante e o Estado tem trabalhado para ampliar este serviço, que está garantindo vidas em todo o país”, enfatizou.

A doação tocantinense tem colaborado para manter o Brasil como referência mundial na área de transplantes. O país possui o maior sistema público de transplantes do mundo, com 96% dos procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo dados do Ministério da Saúde (MS) o Brasil é o 2º maior transplantador do planeta, atrás apenas dos EUA.

Como doar

Os interessados em doar órgãos, precisam informar à família sobre esse desejo, pois os familiares dos pacientes são os únicos responsáveis pela autorização da captação dos órgãos.

Os órgãos captados são entregues a pacientes que aguardam em lista de espera, única e nacional. A compatibilidade entre doador e receptores é determinada por exames laboratoriais feitos imediatamente após a autorização dos familiares.

Podem ser doados: coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim, córneas e tecidos (oculares, cardiovasculares, musculoesqueléticos e peles).

 

Por: Aldenes Lima/Governo do Tocantins