São Paulo
Na sua maior derrota no campo em que se considera imbatível, o de negociações interpessoais, o presidente Donald Trump teve de ceder àquilo que se convencionou chamar de “Estado profundo”.
A expressão, que soa bem melhor em inglês (“Deep State”), representa o cipoal burocrático que toca governos como um relógio, fazendo correções de rumo e evitando que o voluntarismo ou maluquices de governantes tenham efeito prático.
Talvez nem tão profundo assim, já que o próprio Trump colocou a responsabilidade por sua saída abrupta de Hanói sobre o secretário de Estado, Mike Pompeo. Mas quem estava com eles e certamente tem peso na decisão é outra figura, o poderoso John Bolton, assessor de Segurança Nacional.
Bolton é um negociador linha-dura das antigas. Blefa quando necessário —as “opções na mesa” para derrubar um ditador que não é amigo do chefe, Nicolás Maduro, que o digam. Mas conhece a história.
E ela diz que nem EUA nem Coreia do Norte são exatamente parceiros confiáveis.