As linhas de ônibus estão funcionando com quantidade de veículos reduzida e fazem poucas paradas. Trabalhadores cobram reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Estação de ônibus fica lotada após greve ser anunciada por motoristas
As estações e pontos de ônibus de Palmas amanheceram lotados na manhã desta segunda-feira (27), dias após motoristas do transporte público anunciarem uma greve. É que as linhas estão funcionando com quantidade de veículos reduzida e fazendo poucas paradas. Passageiros reclamam da demora para conseguir embarcar e vários pontos de aglomeração foram formados na estação Apinajé, no centro de Palmas.
O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transportes Rodoviários e Operadores de Máquinas do Estado do Tocantins (Simtromet) havia informado que um dos motivos para a paralisação é o atraso no reajuste salarial. Segundo o grupo, o valor deveria ser repassado aos funcionários desde o ano passado. Os trabalhadores também reivindicam benefícios e melhores condições de trabalho.
A Prefeitura de Palmas e o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros (Seturb) foram procurados pelo g1 para comentar a situação, mas ainda não se posicionaram.
Na estação Apinajé há tumultos. Usuários informaram à equipe da TV Anhanguera que alguns ônibus, como os da linha Eixão, estão demorando mais que o normal. Alguns veículos passam na estação já lotados e não param para que mais passageiros entrem.
Os usuários disseram que em alguns casos os motoristas não fazem as paradas solicitadas. Conforme depoimentos de passageiros, há casos de pessoas que precisam parar no plano diretor sul, mas só conseguem descer em Taquaralto.
Além de possíveis atrasos no trabalho, a situação gera transtornos e aumenta o risco de contaminação pela Covid-19, já que as pessoas estão aglomeradas.
Equipes da Guarda Metropolitana de Palmas estão nas estações. Eles informaram que a movimentação atípica começou por volta de 4h.
Passageiros ficam aglomerados após ônibus atrasarem em estação no centro de Palmas
Reprodução/TV Anhanguera
O Seturb havia afirmado que o reajuste salarial dos trabalhadores dependia do aumento na tarifa. Em maio desde ano o Sindicato chegou a ser notificado pelo Procon por anunciar um aumento de 68% no valor da passagem. No mês seguinte a Justiça negou o pedido de empresa para aumentar valor da tarifa para R$ 6,91.
O valor aprovado foi subsidiado pelo município e o pagamento foi usado para custear os reajustes salariais e manter a tarifa de ônibus em R$ 3,85 na capital.
A polêmica começou após a empresa Expresso Miracema, uma das três a prestar o serviço de transporte coletivo em Palmas, pedir que a Justiça determinasse um aumento na passagem. A concessionária alegava prejuízos milionários durante a pandemia.
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Fonte: G1 Tocantins