Câmara aprova aumento do teto da dívida dos EUA para evitar calote

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Limite chega a US$ 28,9 tri a seis dias de os EUA ficarem impedidos de pedir dinheiro pela 1ª vez na história. Fachada do Capitólio dos EUA, sede do Congresso americano, em 11 de fevereiro de 2021
Erin Scott/Reuters
A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (12) um acordo para subir temporariamente o teto da dívida e assim evitar um default — ou seja, um calote — que provocaria recessão e agitação nos mercados globais. O texto já havia sido aprovado pelo Senado.
O avanço — que parece dissipar a crise pelo menos até meados de dezembro, ao adicionar outros US$ 480 bilhões ao limite de endividamento disponível — ocorre seis dias antes de o país não poder mais pedir dinheiro ou pagar empréstimos pela primeira vez em sua história. Com o aumento, o limite da dívida chegará a US$ 28,9 trilhões.
Um default teria consequências enormes nos mercados mundiais, uma vez que eles dependem da segurança financeira dos EUA. Dentro do país, o governo teria dificuldade para pagar beneficiários de programas de seguridade social, veteranos de guerra e militares da ativa.
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Porém, o tema deve voltar a preocupar os EUA em dezembro, quando o Congresso terá de rever esse teto. A tendência é que haja ainda mais dificuldade, porque é nesse época em que os parlamentares definem o orçamento. Quando não há consenso, ocorre um “shutdown”, ou seja, paralisação das atividades do governo.
Republicanos advertem sobre gastos em excesso
Mesmo aprovado, o acordo para evitar um calote dividiu republicanos e democratas, e o tema voltará a gerar atritos porque o presidente Joe Biden tem planos de colocar mais investimento público na economia americana para gerar crescimento. Republicanos, do outro lado, criticam o governo, acusando de gerar gastos excessivos.
Em carta enviada a Biden na sexta-feira, o líder da oposição no Senado, Mitch McConnel, avisou o presidente de que os democratas não terão apoio dos republicanos se quiserem aumentar o teto da dívida no Senado.

Fonte: G1 Mundo